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De Volta…

Depois de uns 4 anos sem publicar nesse blog, estou de volta.
Também estou iniciando um canal no YouTube – na verdade, estou aprendendo. Já publiquei 2 episódios. Pretendo falar sobre as criações e as pessoas envolvidas nelas, convidando os parceiros de criação, clientes, fornecedores e todos que tiveram participação no assunto postado.
Vez por outra, falarei sobre designer, uma paixão minha, mesmo que não seja sobre meu trabalho no entretenimento.

CarnaBahia, uma pintura daquele carnaval de 1981.

Trio Traz os Montes - fundo - baixa

Em 1981, o Carnaval de Salvador estava em plena everfescência: talentos surgiam naquele cenário musical proporcionado pelas novas tecnologias que permitiam o canto pleno num Trio Elétrico.  Lui Muritiba, Banda Scorpius –  com Bell, Aderson, Gato… e que depois virou Chiclete com Banana –  Gerônimo, Sarajane e tantos outros novatos se misturavam nas ruas com os já consagrados Morais Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Novos Baianos com Pepeu, Baby e Paulinho Boca de Cantor, além, é claro, da família Macedo com o paizão de todos, Seu Osmar, e o impagável Armandinho e sua guitarra baiana.

Foi inspirado nesse inesquecível carnaval que fiz a pintura dessa foto na trazeira do Trio Elétrico do Traz-os-Montes, bloco pioneiro e revolucionário em toda essa história do recente carnaval baiano. Pintado com tinta esmalte sobre a chapa de metal do trio, era minha homenagem àquele momento mágico dessa terra em que nasci – aos artistas e aos blocos.

No mês que antecedia a folia, costumava ficar imerso por dias no galpão do bloco, lá no bairro do IAPI. Sujo de tinta até à medula, era um misto de decorador, carregador de caixa de som e “opinólogo geral”. Aliás, todos nós – técnicos de som, chapistas, diretores do bloco, eletricistas, motorista, músicos –  fazíamos de tudo. Pra dar um molho nessa festa, ao lado do galpão, tinha o nosso querido Satuba, que preparava uma moqueca de arráia especial acompanhada de uma batida de limão tipicamente baiana: com mel.

Valeu à pena.

Dodô: 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Dodô, 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Fosse ele um gringo, seria mundialmente famoso: Adolfo Nascimento, mais conhecido como Dodô, se vivo estivesse, completaria 100 anos. Inventor da Guitarra Baiana – ou da própria guitarra, já que ocorreu no mesmo período do outro inventor, o americano Fender – seu invento inspirou artistas como Caetano Veloso, Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Luiz Caldas e toda uma geração surgida em cima do trio elétrico. Seria uma justa homenagem ser seu centenário tema do próximo carnaval.

Dodô também foi o criador do Trio Elétrico, junto com seu parceiro Osmar Macedo.