Arquivo da tag: Carnaval da Bahia

A história da marca do Camaleão

Vídeo sobre como surgiu a tradicional marca da “pata” do bloco Camaleão, com depoimentos de Bell Marques e diretores do Camaleão e Crocodilo.

Camaleão camuflado – na gaveta

Camaleão Camuflado
Qualquer cidadão que trabalhe – ou trabalhou – no campo da criação, sabe do que vou falar: as ideias que se descartam, se perdem ou se esquecem nas gavetas – hoje virtuais.

Toda vez que por motivos profissioanais faço alguma busca nos arquivos, termino por encontrar algo que nem mais lembrava que havia criado. Na maioria das vezes só dou uma olhada e retomo à minha atividade. Às vezes, como agora, resgato e posto.

Era uma fantasia para o Bloco Camaleão, mas depois, nem o cliente, nem eu achamos legal. O camaleão mais parecia uma lagartixa. Passado mais de 10 anos, achei a lagartixa muito simpática e resolvi dar vida a ela; mesmo que só uma vida virtual. Vai pro mundo, vai…

Olimpíadas do Camarote do Nana

Campanha para o Camarote do Nana inspirada nas competições olímpicas.

Camarote do Nana - Beijo Sincronizado

Camarote do Nana - Salto com DançaCamarote do Nana - Levantamento de Copo Camarote do Nana - LAnçamento de Disco Camarote do Nana - Comida sem Obstáculos

Me Abraça, Durval!

Durval Lelys

Durval Lelys vai comandar o Bloco Me Abraça, no Circuito Barra-Ondina, durante os dias de domingo, segunda e terça do Carnaval 2015.

Será seu primeiro carnaval assumindo a carreira solo, depois de 25 anos à frente da Banda Asa de Águia.

Campanha criada pela Da Rocha propaganda e aprovada por Ricardo e Nei Ávila.

CocoBambu by Claudia Leitte.

CocoBambu by Claudia Leitte

CocoBambu, tradicional bloco de carnaval em Salvador, traz a cantora Claudia Leitte para seu desfile da sexta-feira, no Circuito da Barra. Cada vez mais performática, a artista detem um público fiel de admiradores. Prova disso é a “invasão” do bloco, nesse dia, por uma multidão de fãs-foliões da “loura”. Sucesso absoluto!

Nos outros dois dias, quinta e sábado, a “invasão” do CocoBambu fica por conta dos seguidores do bróder Durval Lelys, agora, em seu primeiro carnaval assumindo a carreira solo.

CarnaBahia, uma pintura daquele carnaval de 1981.

Trio Traz os Montes - fundo - baixa

Em 1981, o Carnaval de Salvador estava em plena everfescência: talentos surgiam naquele cenário musical proporcionado pelas novas tecnologias que permitiam o canto pleno num Trio Elétrico.  Lui Muritiba, Banda Scorpius –  com Bell, Aderson, Gato… e que depois virou Chiclete com Banana –  Gerônimo, Sarajane e tantos outros novatos se misturavam nas ruas com os já consagrados Morais Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Novos Baianos com Pepeu, Baby e Paulinho Boca de Cantor, além, é claro, da família Macedo com o paizão de todos, Seu Osmar, e o impagável Armandinho e sua guitarra baiana.

Foi inspirado nesse inesquecível carnaval que fiz a pintura dessa foto na trazeira do Trio Elétrico do Traz-os-Montes, bloco pioneiro e revolucionário em toda essa história do recente carnaval baiano. Pintado com tinta esmalte sobre a chapa de metal do trio, era minha homenagem àquele momento mágico dessa terra em que nasci – aos artistas e aos blocos.

No mês que antecedia a folia, costumava ficar imerso por dias no galpão do bloco, lá no bairro do IAPI. Sujo de tinta até à medula, era um misto de decorador, carregador de caixa de som e “opinólogo geral”. Aliás, todos nós – técnicos de som, chapistas, diretores do bloco, eletricistas, motorista, músicos –  fazíamos de tudo. Pra dar um molho nessa festa, ao lado do galpão, tinha o nosso querido Satuba, que preparava uma moqueca de arráia especial acompanhada de uma batida de limão tipicamente baiana: com mel.

Valeu à pena.

Muito Alavontê…

alavontê de mortalha

Já havia tempo, não acontecia nada de novo por essas bandas de cá… mas calmaria não é pra vida toda; e o mediano só existe porque existe o que não é médio… e assim surge na cena musical pra pular baiana – como dizia seu Osmar – um sopro de brisa nova, apesar do vento ser já conhecido de outros carnavais. O Alavontê, grupo que reúne cantores, músicos, comunicadores… gente que já faz o carnaval há muito tempo ou mais recentemente, mas que se juntaram para zoar, curtir, fazerem do jeito que quiserem, sem pitacos, “à la vontê”. O resultado é um sucesso junto ao público cansado de pacotes prontos, de fórmulas anacrônicas, falsas, bregas… porque não são verdadeiras. A galera chega e canta, compõe, arranja, improvisa, dá muita risada, xinga, vive de verdade no palco e, como músicos, cantores, compositores, fazem arte, mas não teatro.

Manno Góes, Ricardo Chaves, Ramon Cruz, Durval Lelys, Magary Lord, Jonga Cunha, Andrezão e tantos outros que vão aparecendo e compondo esse palco, essa cena que não é uma banda, nem é um movimento, é só uma forma de se divertir de verdade e à vontade. Vale à pena ir. Red River, toda terça.

Na terça-feira que antecede a esse carnaval, o grupo está fazendo uma festança onde resgata a “mortalha”, fantasia que predominava antes do abada nas ruas do carnaval da Bahia. É o “Alavontê de Mortalha”, e todo mundo vai ter que ir à caráter. Mais à lá vontê, impossível.

A origem da expressão “Axé Music”.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Primeira a utilizar e assumir a expressão “axé music” para representar um estilo musical, em 1991, a Banda Beijo se inspirou nas criticas que o jornalista e critico musical Hagamenon Brito fazia às bandas e artistas com origem no carnaval de Salvador.

Hagamenon, em sua coluna semanal no Correio da Bahia, não perdoava aquele estilo musical ao qual, pejorativamente, se referia como “axé music”.

Numa reunião para definir a capa e nome do novo disco da Banda Beijo, sugeri batizar o novo trabalho com a tal expressão; seria uma forma de tratar a critica com humor e ousadia; para minha surpresa, Misael Tavares, Ricardo Cavalcante e Netinho, empresário, produtor e cantor, respectivamente, aprovaram a ideia. Como aquele “disco” foi um sucesso nacional, a expressão “axé music” ganhou notoriedade pelo país – que não conhecia a versão pejorativa – e terminou por intitular todo aquele movimento surgido em cima dos trios elétricos e nas festas do Bahiano de Tênis, Circo Troca de Segredos e Clube Espanhol.

A imagem da capa acima, mostrando o selo circular na parte de baixo, com as palavras “axé music”, comprovam esse fato. Utilizamos, inclusive, esse selo na decoração do Trio Elétrico do Bloco Beijo no carnaval do ano seguinte.

Trio Beijo Coca-Cola 1992

Trio do Beijo no carnaval de 1992

Um Curto Circuito.

Curto Circuito Carnaval de Trio Elétrico

Há uns 8 anos fiz esse estudo para um “mini circuito” a ser construído numa área distante de grandes centros. Inspirada no Carnaval de Salvador, a ideia tentava recriar alguns ambientes icônicos da festa baiana e sugerir outros que, além de servirem de “ponto” para as diversas tribos da folia, também prestassem uma justa homenagem a lugares, a exemplo de Itapuã, movimentos como a Tropicália e a personagens como a dupla Dodô & Osmar.