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Axé, Bell.

Axé, Bell

Homenagem do Bloco Camaleão ao cantor Bell em seu primeiro ano comandando o bloco depois de assumir a carreira solo.

Encontros de Trios – muito mais que 30 anos.

Encontro de Trios - Moraes

Os encontros de Trios existem há muitos anos, desde os anos 1970. Mas não havia o cantor, eram só os intrumentos de corda. Moraes Moreira trouxe a voz para o trio. Mas só à partir de 1980, quando o trio ganhou qualidade de sonorização, com os amplificadores transistorizados do Trio Traz-os-Montes e também os Novos Baianos, é que esses encontros passaram a despertar mais a atenção do público.

O Trio do Traz-os- Montes, o de Armandinho Dodô & Osmar, o Tapajós, os Novo Baianos e mais tarde o Eva, Camaleão, Novos Bárbaros, Pinel, Beijo…  duelavam com seus cavaleiros armados com guitarras baianas. O público apreciava mais o guitarrista do que o cantor.

Pepeu Gomes, Aderson que era da Banda Scorpius e foi pro Eva, Missinho que entrou no lugar de Aderson na Banda Scorpius que virou Chiclete. Até Robertinho do Recife tocou por aqui. Mas ninguém se igualava ao maior dos mestres. O infalível, que nunca errava uma nota: o mestre Armando Macedo.

Durval Lelys: Meu Verão acústico.

Durval lelys, CD Meu Verão.

O cantor Durval Lelys, que comandou a Banda Asa de Águia por 25 anos, acaba de gravar um CD acústico com músiclas clássicas do seu repertório e algumas inéditas. Pra quem gosta das conhecidas performances de Durval com violão e gaita, “Meu Verão” é um prato cheio.

A capa é uma homenagem ao eterno surfista da Barraca de Jajá, do Parracho e de tantas praias que marcaram a história e o público do nosso Durvalino.

Segue link das músicas: https://www.dropbox.com/sh/bz79zzew4tqjppv/AACYEhKyoIOF7cLcyAKYdLUza?dl=0

Um disco que mudou tudo.

Uma capa para história.

Quando Totó,  na minha opinião o maior empreendedor e visionário do carnaval baiano, resolveu produzir o primeiro disco da banda Pimenta de Cheiro – antigo nome da Banda Cheiro de Amor – certamente o mercado da música baiana era completamente diferente do que se tornaria alguns anos depois.

Esse disco acima, gravado com Márcia Freire no vocal e o maestro Zé de Henrique, teve produção local do selo Stalo, de Ricardo Cavalcanti, e foi o primeiro grande sucesso de um formato musical que mais tarde viria a ser conhecido como axé music.

Curiosamente, até a capa ser finalizada, a banda ainda se chamava Pimenta de Cheiro. Na hora de mandar produzir o vinil na gravadora Poligram, Totó, desesperado, me veio com a notícia bombástica de que alguém tinha registrado o nome da banda e ele não poderia mais utilizá-lo, a não ser que conseguisse negociar com o “dono” de registro, o que poderia levar tempo. Sugeri que colocasse, provisoriamente, o nome “Banda Cheiro de Amor”, numa alusão ao nome do bloco e ele topou. Um redator amigo meu, Bonetti, teve uma sacada genial e sugeriu que colocássemos “Pimenta de Cheiro” como nome artístico do álbum, um ardil para manter a associação com o nome original do grupo, enquanto a tal pendenga fosse resolvida. Terminou que o disco vendeu 30 mil cópias – número de sucesso para a época – e o nome da banda ficou pra sempre “Cheiro de Amor”.

Produzi essa foto com meu grande amigo e fotógrafo Carrilho, utilizando um pequeno cromo de 35 mm, sob a luz natural da rua, na Ladeira da Fonte. A pimenta foi comprada num mercado ali no Forte de São Pedro. Na verdade, pimentas, pois “o modelo” é resultado da junção de duas: talo de uma, corpo de outra. O teclado era um Korg e a tecla, para ficar rebaixada, prendíamos com fita durex.  A “armengagem” descolou umas 3 vezes, jogando a pimenta lá pro alto, e cada vez tínhamos que remontar tudo de novo. A verba era quase nada; o sol de Salvador, escaldante; a pressão, pior ainda, mas o trabalho ganhou o Troféu  Caymmi de “Melhor Capa”, e eu e o velho Carrilho rimos muito de tudo aquilo tomando uma branquinha, a de sempre.

A Primeira Festa da Década de 90 foi com Daniela.

1ª Festa da década de 1990 em Salvador com Daniela Mercury (Clici) e Banda Beijo.

Cartaz criado para a Rede Bahia no final de 1989, comemorando a nova década. Curiosamente, a última apresentação de Daniela Mercury ainda como integrante da banda Companhia Clic.

Na época, a Banda Beijo era comandada por Netinho.

A ilustração do marca “90” foi com aerógrafo. Naquele tempo ainda não tínhamos os photoshops; era tudo na mão grande, mesmo.

Dodô: 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Dodô, 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Fosse ele um gringo, seria mundialmente famoso: Adolfo Nascimento, mais conhecido como Dodô, se vivo estivesse, completaria 100 anos. Inventor da Guitarra Baiana – ou da própria guitarra, já que ocorreu no mesmo período do outro inventor, o americano Fender – seu invento inspirou artistas como Caetano Veloso, Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Luiz Caldas e toda uma geração surgida em cima do trio elétrico. Seria uma justa homenagem ser seu centenário tema do próximo carnaval.

Dodô também foi o criador do Trio Elétrico, junto com seu parceiro Osmar Macedo.

A origem da expressão “Axé Music”.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Primeira a utilizar e assumir a expressão “axé music” para representar um estilo musical, em 1991, a Banda Beijo se inspirou nas criticas que o jornalista e critico musical Hagamenon Brito fazia às bandas e artistas com origem no carnaval de Salvador.

Hagamenon, em sua coluna semanal no Correio da Bahia, não perdoava aquele estilo musical ao qual, pejorativamente, se referia como “axé music”.

Numa reunião para definir a capa e nome do novo disco da Banda Beijo, sugeri batizar o novo trabalho com a tal expressão; seria uma forma de tratar a critica com humor e ousadia; para minha surpresa, Misael Tavares, Ricardo Cavalcante e Netinho, empresário, produtor e cantor, respectivamente, aprovaram a ideia. Como aquele “disco” foi um sucesso nacional, a expressão “axé music” ganhou notoriedade pelo país – que não conhecia a versão pejorativa – e terminou por intitular todo aquele movimento surgido em cima dos trios elétricos e nas festas do Bahiano de Tênis, Circo Troca de Segredos e Clube Espanhol.

A imagem da capa acima, mostrando o selo circular na parte de baixo, com as palavras “axé music”, comprovam esse fato. Utilizamos, inclusive, esse selo na decoração do Trio Elétrico do Bloco Beijo no carnaval do ano seguinte.

Trio Beijo Coca-Cola 1992

Trio do Beijo no carnaval de 1992

Um Curto Circuito.

Curto Circuito Carnaval de Trio Elétrico

Há uns 8 anos fiz esse estudo para um “mini circuito” a ser construído numa área distante de grandes centros. Inspirada no Carnaval de Salvador, a ideia tentava recriar alguns ambientes icônicos da festa baiana e sugerir outros que, além de servirem de “ponto” para as diversas tribos da folia, também prestassem uma justa homenagem a lugares, a exemplo de Itapuã, movimentos como a Tropicália e a personagens como a dupla Dodô & Osmar.

Camarote do Nana 2013.

Outdoor  Camarote do Nana - 2013A campanha do Camarote do Nana para 2013 dá continuidade à do último carnaval intitulada “Paixão”, onde a marca ganhou a forma de um coração e, depois, várias leituras gráficas para seu tema de decoração. A idéia de humanizar e carnavalizar a campanha, saindo do estereótipo de pessoas dançando em boates e pirotecnia de luzes em ambientes fora do contexto de nossa grande festa, foi um reconhecido sucesso à ponto de inspirar até a nossa concorrência. O Camarote do Nana é, acima de tudo, símbolo da paixão que o baiano tem pelo carnaval e pelas suas tradições. Haja coração!

Prepare a Fantasia.

Outdoor Trivela Praia do Forte 2013.Outdoor criado para a próxima campanha da Trivela, festa com a banda Asa de Águia, na Praia do Forte, Bahia.

A brifada foi do nosso cliente Nei Ávila, da NER, e a criação foi nossa na Da Rocha Propaganda.

Detalhes do Camarote do Nana 2012.

Detalhes da decoração do Camarote do Nana.

Nesse trabalho, contei com a direção de arte de Mariana Vilas Boas, além do apoio da equipe com Tiago Nunes, Lauro Jr e Felipe Melo.

Dia de Iemanjá e do Ensaio Geral.

outdoor Ensaio Geral 2013, Camaleão e ChicleteDia 2 de fevereiro é dia de presente a Iemanjá. Das águas do Rio Vermelho à Praia do Forte é tudo festa no mar.

Em 2013, o Ensaio Geral, tradiconal festa do Bloco Camaleão, será realizada nessa data festiva comemorada por baianos e turistas. Comandado pela banda Chiclete com Banana, o Ensaio Geral é a verdadeira abertura do Carnaval de Salvador.

Na campanha desse ano, a “patinha”, conhecido ícone do Camaleão, foi estilizada como um abebé, o espelho da Mãe cujos filhos são peixes, ou Yèyé omo ejá, como se diz em iorubá.

Da criação fazem parte eu, Adriano e Tiago.

Duas gerações e uma paixão: Asa.

Asa 25 anos25 anos atrás surgia uma nova onda entre a galera de Salvador: os ensaios na Mansão da Águia, um casarão transformado em pequena e acolhedora área de show, na Boca do Rio. Depois da praia, a geração bronzeada que frequentava os points de Jaguaripe, Terceira Ponte e adjacências, tinha destino certo: curtir o som maneiro da nova banda Asa de Águia. Esse sonho, ou essa lenda, já embalou pelo menos duas gerações, da galerinha que frequetava Arraia d´Ajuda, nos anos 80 e 90, à turma que deitou e rolou na Avenida, na Barra e nas Trivelas por esse Brasil. Para todos que curtem ou curtiram o grupo, o Asa é mais que uma banda, é um estilo, um espelho do seu ideal de prazer. É por isso que “o Asa arrêa!”

Mais uma vez me o Asa me deu a oportunidade da criação nessa marca comemorativa dos seus 25 anos. Contei com a finalização de Thiago Nunes.

Ainda Babado…

Painel com foto de Claudia Leite no Aeroporto de Salvador - Carnaval 2006.

Essa foi a última foto que dirigi para Claudinha, quando ainda era Babado Novo. O clic foi de David Glat e ela colaborou de forma sensacional dançando para gente no estúdio. Gosto muito dela e particularmente desse periodo de sua carreira.