Arquivo da categoria: design gráfico

Camaleão e Bell, a festa continua!

Campanha Camaleão Bell MArques

Campanha promocional do Bloco Camaleão (+ o Bloco Vumbora) para o Carnaval de 2017, em Salvador.

Marcas que marcam.

Marca Posto Mataripe
Para mim, marcas são como pessoas: elas podem passar despercebidas ou – se tiver estilo e elegância –  entrar em minha vida para sempre.

Lá pela década de 1960, colecionávamos “plásticos”, que é o antecessor do adesivo e que tinha a vantagem de podermos tirar ou recolocar à hora que quiséssemos nos vidros dos automóveis.  Numa época que até a tv era raridade, colecionar essas coisas trazia um emorme fascínio – ainda mais porque nossas coleções eram quase toda fruto de pequenos delitos.

Haviam “plásticos” com diversos tipos de desenhos e motivos, mas a maioria funcionava como propaganda de empresas, e eram justamente esses os mais cobiçados. Alguns chegavam a parecer figurinhas carimbadas, de tão difíceis que eram. Já outros, de tão comuns, ninguém queria. Dentre esses, havia um que me fascinava pelo inusitado: trazia só um símbolo bem básico, numa só cor e sem o nome da empresa. Ficava imaginando quem teria tido a ousadia de fazer aquilo e o por quê. Depois de muito investigar, descobri que tratava-se de um posto de gasolina na Rua Carlos Gomes que distribuia esses “plásticos” aos clientes.

Contrariando a lógica da época, e daquele tipo de propaganda – sempre over em cores e detalhes – divulgar apenas um símbolo sem o nome da marca era muito vanguarda para aquele tempo. Só 15 anos depois é que vimos a Nike e outras ousarem dessa forma.

Quanto à marca, seu minimalismo me intrigava. Obviamente, perecia uma letra “P” replicada em torno do seu eixo, mas também me lembrava uma rótula viária, indicando vários caminhos. Fosse o que fosse, definitivamente, influenciou minha futura profissão e minhas criações como designer. A simplicidade objetiva da “patinha” do Bloco Camaleão, que fala por si só, ou a força triangular da marca do Asa de Águia, possivelmente beberam dessa fonte.

Para um mundo tão volátio é impressionante que, passados 50 anos, a marca ainda exista e se mantenha exatamente igual: é o logo dos Postos Mataripe.  Como não conheço os donos da empresa, tampouco o criador ou criadores da dita cuja, deixo aqui minha lembrança como homenagem.

Marca Posto Mataripe no vidro de um fusca.

Plástico divulgando a marca do posto no vidro de um fusca.

Camaleão camuflado – na gaveta

Camaleão Camuflado
Qualquer cidadão que trabalhe – ou trabalhou – no campo da criação, sabe do que vou falar: as ideias que se descartam, se perdem ou se esquecem nas gavetas – hoje virtuais.

Toda vez que por motivos profissioanais faço alguma busca nos arquivos, termino por encontrar algo que nem mais lembrava que havia criado. Na maioria das vezes só dou uma olhada e retomo à minha atividade. Às vezes, como agora, resgato e posto.

Era uma fantasia para o Bloco Camaleão, mas depois, nem o cliente, nem eu achamos legal. O camaleão mais parecia uma lagartixa. Passado mais de 10 anos, achei a lagartixa muito simpática e resolvi dar vida a ela; mesmo que só uma vida virtual. Vai pro mundo, vai…

Olimpíadas do Camarote do Nana

Campanha para o Camarote do Nana inspirada nas competições olímpicas.

Camarote do Nana - Beijo Sincronizado

Camarote do Nana - Salto com DançaCamarote do Nana - Levantamento de Copo Camarote do Nana - LAnçamento de Disco Camarote do Nana - Comida sem Obstáculos

As novas placas do Mercosul: quase acertei.

Placa Mercosul - Uruguay

Placa Mercosul – Uruguay. As duas pimeiras letras e a cor identificam o país.

Em 2012 publiquei aqui no blog a sugestão acima para as novas placas do Mercosul. (ver postagem https://pedrinhodarocha.wordpress.com/2012/03/27/novas-placas-para-o-mercosul/ ) Fiquei contente em ver que a solução adotada agora pelos países que compõem esse orgão ficou bem próxima da minha ideia: uma faixa horizontal como elemento identificador das placas dos veículos. No conceito final, eles optaram pela faixa na parte superior, mas de uma forma geral, ficou bem próximo do que pensei. VAmos ter uma placa com personalidade própria da região. Confiram abaixo:

As “mortalhas” invadiram o Circuito Shopping Barra.

Foto expo Irley - Pinel Y

Agora, dia 9 de março, termina a exposição de “mortalhas” no Shopping Barra, no Barra Gourmet, novo ambiente no primeiro piso.

São 38 peças em tamanho natural reproduzindo fotos das fantasias originais. Além das mortalhas, que predominam, coloquei outros estilos de fantasias desse período para contextualizar. “Macacões”, “kimonos”, além dos primeiros abadas e outras experiências, compõem o conjunto da exposição.

Foto expo alex 01 Foto expo alex 03 Foto expo Beto Almeida 03 Foto expo Irley 06 Foto expo Irley 02 Foto expo Irley 03 Foto expo Irley 05

Essa exposição não seria possível sem o apoio da Uranus 2 (Pedro Dourado, Eduardo Torreão, Michelle…), que produziu as peças; da  Skol, que também patrocinou; da NER e Durval Lelys pelo apoio junto a Ambev; do Shopping Barra, por ceder seu espaço (Gilson, Karina, Gabriela); de Manno Góes, Andrezão, Ricardo Chaves e todo o Alavontê, pela ideia e provocação do evento; de Luciene Maia (Central do Carnaval) por viabilizar as fotos das fantasias; de Ivan Erick, grande fotógrafo e parceiro; de Paulinho Sfrega, pelo apoio incondicional; de Tiago Nunes, Xaline, Irley, Vita e Tiago, Val, Bia, Luiza e Dudu, que foram nossos modelos voluntários; do jornal A Tarde, Eduardo e Renato Linhares; e, em especial, à minha mulher.

Confiram as fotos e até a próxima.

Foto Gabriela Simões - beijoMortalhasFoto Gabriela Simões

Muito Alavontê…

alavontê de mortalha

Já havia tempo, não acontecia nada de novo por essas bandas de cá… mas calmaria não é pra vida toda; e o mediano só existe porque existe o que não é médio… e assim surge na cena musical pra pular baiana – como dizia seu Osmar – um sopro de brisa nova, apesar do vento ser já conhecido de outros carnavais. O Alavontê, grupo que reúne cantores, músicos, comunicadores… gente que já faz o carnaval há muito tempo ou mais recentemente, mas que se juntaram para zoar, curtir, fazerem do jeito que quiserem, sem pitacos, “à la vontê”. O resultado é um sucesso junto ao público cansado de pacotes prontos, de fórmulas anacrônicas, falsas, bregas… porque não são verdadeiras. A galera chega e canta, compõe, arranja, improvisa, dá muita risada, xinga, vive de verdade no palco e, como músicos, cantores, compositores, fazem arte, mas não teatro.

Manno Góes, Ricardo Chaves, Ramon Cruz, Durval Lelys, Magary Lord, Jonga Cunha, Andrezão e tantos outros que vão aparecendo e compondo esse palco, essa cena que não é uma banda, nem é um movimento, é só uma forma de se divertir de verdade e à vontade. Vale à pena ir. Red River, toda terça.

Na terça-feira que antecede a esse carnaval, o grupo está fazendo uma festança onde resgata a “mortalha”, fantasia que predominava antes do abada nas ruas do carnaval da Bahia. É o “Alavontê de Mortalha”, e todo mundo vai ter que ir à caráter. Mais à lá vontê, impossível.

Um Faraó no Camarote do Reino 2014.

Outdoor Amon-Rá - final em jpeg - baixa

Outdoor criado para a campanha do Camarote do Reino, Carnaval de Salvador, onde o tema será Egito antigo.

Contei com a colaboração de Tiago Ginuino na montagem da peça.

Maquete do Trio do Papa / Claudia Leitte.

MAquete Trio Babado Novo 2005

Há uns dez anos fiz essa experiência de apresentar a maquete de um trio elétrico, na escala 1:60, junto a um projeto de captação de patrocínio. A ideia era reaproveitar a mesma maquete, trocando apenas as marcas, para reapresentá-la a outros potenciais patrocinadores. Mas na prática, a ideia foi um fiasco porque a maquete não retornou nem da primeira apresentação.

Valeu a experiência e aventura de construir essa miniatura.

Um disco que mudou tudo.

Uma capa para história.

Quando Totó,  na minha opinião o maior empreendedor e visionário do carnaval baiano, resolveu produzir o primeiro disco da banda Pimenta de Cheiro – antigo nome da Banda Cheiro de Amor – certamente o mercado da música baiana era completamente diferente do que se tornaria alguns anos depois.

Esse disco acima, gravado com Márcia Freire no vocal e o maestro Zé de Henrique, teve produção local do selo Stalo, de Ricardo Cavalcanti, e foi o primeiro grande sucesso de um formato musical que mais tarde viria a ser conhecido como axé music.

Curiosamente, até a capa ser finalizada, a banda ainda se chamava Pimenta de Cheiro. Na hora de mandar produzir o vinil na gravadora Poligram, Totó, desesperado, me veio com a notícia bombástica de que alguém tinha registrado o nome da banda e ele não poderia mais utilizá-lo, a não ser que conseguisse negociar com o “dono” de registro, o que poderia levar tempo. Sugeri que colocasse, provisoriamente, o nome “Banda Cheiro de Amor”, numa alusão ao nome do bloco e ele topou. Um redator amigo meu, Bonetti, teve uma sacada genial e sugeriu que colocássemos “Pimenta de Cheiro” como nome artístico do álbum, um ardil para manter a associação com o nome original do grupo, enquanto a tal pendenga fosse resolvida. Terminou que o disco vendeu 30 mil cópias – número de sucesso para a época – e o nome da banda ficou pra sempre “Cheiro de Amor”.

Produzi essa foto com meu grande amigo e fotógrafo Carrilho, utilizando um pequeno cromo de 35 mm, sob a luz natural da rua, na Ladeira da Fonte. A pimenta foi comprada num mercado ali no Forte de São Pedro. Na verdade, pimentas, pois “o modelo” é resultado da junção de duas: talo de uma, corpo de outra. O teclado era um Korg e a tecla, para ficar rebaixada, prendíamos com fita durex.  A “armengagem” descolou umas 3 vezes, jogando a pimenta lá pro alto, e cada vez tínhamos que remontar tudo de novo. A verba era quase nada; o sol de Salvador, escaldante; a pressão, pior ainda, mas o trabalho ganhou o Troféu  Caymmi de “Melhor Capa”, e eu e o velho Carrilho rimos muito de tudo aquilo tomando uma branquinha, a de sempre.

Dodô: 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Dodô, 100 anos do inventor da Guitarra Baiana.

Fosse ele um gringo, seria mundialmente famoso: Adolfo Nascimento, mais conhecido como Dodô, se vivo estivesse, completaria 100 anos. Inventor da Guitarra Baiana – ou da própria guitarra, já que ocorreu no mesmo período do outro inventor, o americano Fender – seu invento inspirou artistas como Caetano Veloso, Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Luiz Caldas e toda uma geração surgida em cima do trio elétrico. Seria uma justa homenagem ser seu centenário tema do próximo carnaval.

Dodô também foi o criador do Trio Elétrico, junto com seu parceiro Osmar Macedo.

Refolia.

Refolia. Peça criada para o Reino da Folia em 2009.

A origem da expressão “Axé Music”.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Capa do disco Axé Music da Banda Beijo em 1991.

Primeira a utilizar e assumir a expressão “axé music” para representar um estilo musical, em 1991, a Banda Beijo se inspirou nas criticas que o jornalista e critico musical Hagamenon Brito fazia às bandas e artistas com origem no carnaval de Salvador.

Hagamenon, em sua coluna semanal no Correio da Bahia, não perdoava aquele estilo musical ao qual, pejorativamente, se referia como “axé music”.

Numa reunião para definir a capa e nome do novo disco da Banda Beijo, sugeri batizar o novo trabalho com a tal expressão; seria uma forma de tratar a critica com humor e ousadia; para minha surpresa, Misael Tavares, Ricardo Cavalcante e Netinho, empresário, produtor e cantor, respectivamente, aprovaram a ideia. Como aquele “disco” foi um sucesso nacional, a expressão “axé music” ganhou notoriedade pelo país – que não conhecia a versão pejorativa – e terminou por intitular todo aquele movimento surgido em cima dos trios elétricos e nas festas do Bahiano de Tênis, Circo Troca de Segredos e Clube Espanhol.

A imagem da capa acima, mostrando o selo circular na parte de baixo, com as palavras “axé music”, comprovam esse fato. Utilizamos, inclusive, esse selo na decoração do Trio Elétrico do Bloco Beijo no carnaval do ano seguinte.

Trio Beijo Coca-Cola 1992

Trio do Beijo no carnaval de 1992

Piu-Piu, o Forró de Amargosa.

Forró do Piu-Piu em Amargosa, Bahia.

Outdoor criado pela Da Rocha propaganda para campanha do Forró do Piu-Piu, na cidade de Amargosa.

Camarote do Nana, uma Paixão.

Nova marca para o Camarote do Nana

Nova programação visual do Camarote do Nana é uma simbiose da sua tradicional marca, a”bananeira”, com um coração, simbolo da paixão dos foliões pelo camarote que tem o carnaval nas veias.

O Camarote do Nana reúne glamour e sofisticação, mas sem perder o toque baiano e a essência do carnaval. All inclusive, tem as melhores opções de gastronomia, com restaurantes de comida japonesa, churrascaria e pizzaria, além de um serviço inigualável de bebidas. A Pracinha do Camarote do Nana, na área central, é um show à parte: um verdadeiro carnaval com muita festa e animação. Outra opção é o acesso á praia com shows e boate. Vale à pena.